Dúvida (regra simples)

Pessoal, queria saber o que devemos fazer se um enxadrista promover, pegar uma torre, colocar de ponta cabeça e jogá-la em diagonal.

Bom, sempre foi lance impossível.
Uma torre virada é uma torre mal arrumada. No caso o certo é chamar o árbitro e solicitar a peça, no caso parece que é uma dama.
É fd, nesses torneiosinhos acontece cada uma... os professores ensinam as coisas erradas e ai confundem os alunos. Ainda bem que os árbitros (bons) não deixam passar uma dessas...

Bom, até a semana passada, eu estava convicto de que coroar um peão à torre virada de ponta-cabeça e movesse esta na diagonal seria lance impossível.

Até ficar sabendo que o AI Calleros não deu lance impossível no SUL BRASILEIRO ESCOLAR em Curitiba.


Agora também estou confuso

De acordo com o artigo 3.7 e) Quando o peão alcança a última casa da sua coluna deve ser trocado, como parte de uma mesma jogada na mesma casa por uma nova dama, torre, bispo, ou cavalo da mesma cor do peão. A escolha do jogador não está restrita a peças já capturadas na partida.
Esta troca de um peão por outra peça é chamada de ‘promoção’ e a ação da nova peça é imediata.
Então a colocação da peça não muda a ordem dos fatores.
No caso do Calleros suponho duas situações:
o torneio ser de nível escolar;
a partida não ter influência na classificação final.

O trecho transcrito não cita se é ou não lance impossível mover uma torre de ponta-cabeça na diagonal.

o torneio ser de nível escolar;
Pensei que a regra do Xadrez fosse una, independente de nível de torneio. E se a decisão foi tomada por este motivo, foi um desmerecimento aos enxadristas por parte da arbitragem.

a partida não ter influência na classificação final.
Opção descartada. Tinha influência.

Como não diz que o lance é irregular?
"Esta troca de um peão por outra peça é chamada de ‘promoção’ e a ação da nova peça é imediata."
O termo "ação...imediata" se entende que a peça promovida age como tal. No caso se a promoção foi a uma Torre o ato de movela em diagonal a torna uma jogada irregular.
A questão das regras serem regidas a "punhos de ferro" não serve na educação infantil, isso poderia desmotivar o interesse do aluno pelo jogo. Pensando dessa forma o árbitro agiu de forma didática em não penalizar o atleta.
Imagine sendo cobrada a regra da Tolerância zero em uma competição desse porte. Imagine um aluno perder uma partida simplesmente por ter chego poucos segundos após o início da rodada. Algumas regras devem ser rigorosamente cumpridas, mas outras podem ser dribladas sem exagero.

O Termo "ação imediata" eu interpreto como: Logo que a peça é colocada no jogo as ameaças já ficam ativas.

Então se é promovido a uma Torre, como ela deve se mover?

Talvez em L. Mas isto não está explícito no trecho reescrito.

Se a promoção é a uma Torre então os movimentos são através de colunas e fileiras e não em diagonal. Fique claro que não estou defendendo a atitude do Calleros, apenas procurando uma justificativa para tal decisão.

Marsil escreveu:

Bom, sempre foi lance impossível.
Uma torre virada é uma torre mal arrumada. No caso o certo é chamar o árbitro e solicitar a peça, no caso parece que é uma dama.
É fd, nesses torneiosinhos acontece cada uma... os professores ensinam as coisas erradas e ai confundem os alunos. Ainda bem que os árbitros (bons) não deixam passar uma dessas...

Tb sempre achei que fosse lance impossível.

Dmas_BR escreveu:

De acordo com o artigo 3.7 e) Quando o peão alcança a última casa da sua coluna deve ser trocado, como parte de uma mesma jogada na mesma casa por uma nova dama, torre, bispo, ou cavalo da mesma cor do peão. A escolha do jogador não está restrita a peças já capturadas na partida.
Esta troca de um peão por outra peça é chamada de ‘promoção’ e a ação da nova peça é imediata.
Então a colocação da peça não muda a ordem dos fatores.
No caso do Calleros suponho duas situações:
o torneio ser de nível escolar;
a partida não ter influência na classificação final.

É como o Serafim disse, era uma partida entre os dois primeiros.
Cara, acho que mesmo em nível escolar temos que ensinar da maneira correta, ou se não, ensinar errado, mas todos de uma só maneira. Aqui na minha região não pode fazer isso, daí nossos alunos não fazem, daí chegam na capital e isso pode... os pais acabam achando que estamos ensinando errado.

Dmas_BR escreveu:

A questão das regras serem regidas a "punhos de ferro" não serve na educação infantil, isso poderia desmotivar o interesse do aluno pelo jogo. Pensando dessa forma o árbitro agiu de forma didática em não penalizar o atleta.
Imagine sendo cobrada a regra da Tolerância zero em uma competição desse porte. Imagine um aluno perder uma partida simplesmente por ter chego poucos segundos após o início da rodada. Algumas regras devem ser rigorosamente cumpridas, mas outras podem ser dribladas sem exagero.

Então os alunos da educação infantil não devem aprender as regras??? Isso iria confundi-los, concordo que devemos pensar na questão motivação, mas não só das crianças, também dos professores, dos pais... os pais desse atleta ficaram muito nervosos, e disseram que o Calleros no primeiro momento mostrou as peças quais eram, e depois falou que podia, nem explicou que era por questão de idade ou por qualquer outro motivo.

Dmas_BR escreveu:

Fique claro que não estou defendendo a atitude do Calleros, apenas procurando uma justificativa para tal decisão.

Sim claro, isso é um fórum, estamos aqui para esses diálogos. O Calleros sempre foi uma referência.

T+

creio que o calleiros cometeu um equivoco.... ao naum dar lance impossivel na situação acima...

uma torre de ponta cabeça eh apenas uma torre de ponta cabeça, e caso ela se movimente de maneira irregular sera anotado um lance impossivel ao infrator...

abraços